Carl Barât

Carlos Ashley Raphael Barât nasceu no dia 6 de junho de 1978 em Basingstoke, Hampshire na Inglaterra e passou a maior parte da sua infância em Whitchurch. Seus pais se divorciaram cedo e Carl e sua irmã mais velha, Lucie (que se tornou atriz e cantora), dividiam seu tempo entre a casa do pai, que trabalhava numa fábrica de armamentos, e a da mãe, membro da contracultura que vivia numa comuna e integrava grupos pacifistas como a Campanha pelo Desarmamento Nuclear. Barât tem três meio irmãos. Em 1996, começou a estudar Teatro na Brunel University, no campus de Twickenham. Lá se tornou amido de Amy Jo Doherty, que lhe apresentou seu irmão, Peter. Carl e Peter logo se tornaram amigos e, no ano seguinte, passaram a dividir um apartamento em Londres e fundaram a banda The Libertines.

The Libertines

No dia 3 de junho de 2002, já com a formação pela qual se tornou conhecida, com Gary Powell na bateria e John Hassall no baixo, os Libertines lançaram seu primeiro single, What a Waster, que não tocou muito nas rádios devido aos palavrões, tendo sido escolhida como single da semana dos DJs da BBC Radio 1, Mark e Lard, numa versão censurada. Na mesma semana do lançamento do single (que tinha I Get Along como b-side), a banda apareceu na capa da NME pela primeira vez. No mesmo ano, os Libertines lançaram seu primeiro álbum de estúdio, Up the Bracket, produzido por Mick Jones, e se tornaram um sucesso estrondoso na Europa e, subsequentemente, em países como Japão e Estados Unidos, ganhando o prêmio de Melhor Banda Revelação nos NME Awards.

Em 2003, a banda começou a lidar com problemas internos devido ao abuso de drogas de Peter, que culminou em sua prisão após invadir o apartamento de Barât. Com sua saída da prisão, Doherty se reconciliou com a banda e voltou a integrar os Libertines. Apesar de seu único lançamento oficial naquele ano ter sido o single Don’t Look Back into the Sun, os Libertines ganharam o prêmio de Melhor Banda nos NME Awards de 2004.

Após Doherty ter tido problemas com o produtor Bernard Butler, Mick Jones retornou para produzir o segundo álbum de estúdio da banda, The Libertines. No entanto, as gravações foram tensas devido à recaída de Peter e seguranças foram contratados para impedir que ele e Carl brigassem. Após o fim das gravações, Doherty se internou na clínica de reabilitação The Priory, mas não foi adiante com o tratamento. Nesse período, Carl estava estabelecendo um evento semanal na boate Infinity Club no West End, intitulado Dirty Pretty Things. Após deixar a clínica The Priory, Peter foi até a boate e conversou com Barât, Hassall e Powell, se comprometendo a ir para uma clínica de reabilitação na Tailândia para superar o vício. Naquela noite, a banda tocou junta pela última vez com sua formação original e se passariam 6 anos antes que os 4 membros dos Libertines subissem a um palco juntos novamente.

Peter foi afastado da banda até que conseguisse superar o vício, mas ele começou a investir num novo projeto musical, Babyshambles, o que o afastou ainda mais da banda antiga. Ao longo de 2004, os Libertines alcançaram muito sucesso com o lançamento do segundo álbum e dos singles Can’t Stand Me Now e What Became of the Likely Lads. No entanto, em 17 de dezembro daquele ano a banda teve seu último show, com Carl encerrando as atividades dos Libertines, já que não desejava continuar produzindo música e tocando nesse projeto sem Peter.

Em 2007, Carl e Peter tocaram juntos no show An Evening with Pete Doherty. Em 2010, os Libertines fizeram uma reunião temporária como headliners dos festival de Reading e Leeds. Quatro anos mais tarde, a banda também tocou no Hyde Park. Ainda em 2014, após Peter se internar numa clínica de reabilitação e se comprometer com o tratamento, a banda anunciou seu retorno definitivo, tendo assinado um contrato com a Virgin EMI Records e lançado seu terceiro álbum de estúdio, Anthems for Doomed Youth em 2015.

Dirty Pretty Things

Em 15 de setembro de 2005, Carl Barât anunciou a formação de uma nova banda, subsequentemente à separação dos Libertines. A Dirty Pretty Things era formada por Barât nos vocais e guitarra, Gary Powell na bateria, Didz Hammond no baixo e Anthony Rossomando na guitarra. A banda tocou seus primeiros shows na Itália e em Paris em outubro de 2005 e, em novembro, foram para Los Angeles para gravar seu primeiro álbum de estúdio, Waterloo to Anywhere, produzido por Dave Sardy. Em maio de 2006, o álbum foi lançado no Reino Unido.

A banda lançou seu single de estreia no dia 24 de abril de 2006. Bang Bang You’re Dead foi um grande sucesso, chegando ao #3 nos charts britânicos. Outros sucessos do primeiro álbum incluem os singles Deadwood e Wondering.

Em junho de 2008, a banda precisou cancelar um show beneficente na London Hackney Round Chapel devivo a uma crise de pancreatite aguda de Barât, que foi internado em caráter emergencial e se recuperou completamente desde então. No dia 23 de junho, a DPT, como era chamada pelos fãs, lançou o primeiro single do seu segundo álbum de estúdio, intitulado Tired of England. O disco, Romance at Short Notice, chegou uma semana depois, em 30 de junho. Infelizmente, em meio a turnê de divulgação do disco, foi anunciado, no dia 1 de outubro de 2008, que a banda encerraria suas atividades após o último show da turnê, no dia 20 de dezembro, em Londres.

Carreira Solo

Barât sempre manteve vários projetos paralelamente às bandas, tendo integrado o supergrupo The Chavs com Tim Burgess em agosto de 2008. Entre 2008 e 2009, Carl acompanhou uma turnê do Glasvegas, se apresentando como artista solo nos shows de abertura. Em março de 2009, ele começou a se apresentar sozinho, na Inglaterra. Em 9 de junho de 2009, Carl apresentou duas canções novas num show solo: So Long e Monday Morning.

Em setembro de 2009, Barât confirmou que pretendia lançar um álbum solo. Seu primeiro álbum de estúdio, auto-intitulado, foi lançado em 4 de outubro de 2010.

Em janeiro de 2013, Carl anunciou que Johnny Marr e Andy Burrows participariam de seu segundo álbum solo. Ele lançou online as demos das faixas War of the Roses e Victory Gin. No mesmo ano, ele colaborou com Vanessa Paradis, compondo a canção The Dark, it comes, lançada no álbum Love Songs da cantora. Carl também integra o supergrupo The Bottletop Band com Matt Helders, Andy Nicholson, Drew McConnell e Gruff Rhys. Em agosto de 2013, Barât anunciou que seu segundo álbum solo estava pronto. Este projeto foi convertido no primeiro álbum de estúdio de Carl com sua nova banda, The Jackals.

Carl Barât and the Jackals

No início de 2014, o Carl anunciou que ia formar uma nova banda e que pretendia encontrar os outros membros da mesma online, recebendo inscrições através do Facebook. Mais de 1000 músicos se inscreveram para tocar guitarra base, bateria e baixo. Billy Tessio, Jay Bone e Adam Claxton foram escolhidos, respectivamente. A banda passou a se chamar Carl Barât and the Jackals e seu primeiro show foi em 15 de maio de 2014, em Londres. Em fevereiro de 2015, o álbum que Carl havia idealizado como uma empreitada solo foi lançado com pequenas alterações como disco de estreia dos Jackals, sob o título Let it Reign. O álbum e seu primeiro single, Glory Days, foram muito bem recebidos pela crítica e pelos fãs.

Arte

Em 2008, Carl estrelou como Gene Vincent no filme britânico Telstar. Ele também apareceu como si mesmo no episódio piloto de Svengali ao lado de Alan McGee e do ator galês Jonathan Owen em maio de 2009. Em agosto do mesmo ano, ele apareceu num curta intitulado Two British Dudes ao lado de Har Mar Superstar, lançado no site crappyholidays.net.

Em janeiro de 2010, Barât atuou com Sadie Frost na peça Fool For Love, que ficou em cartaz até março do mesmo ano, no Riverside Studios em Hammersmith, Londres. Carl também narrou o documentário artístico de Mark Donne, The Rime of the Modern Mariner. O filme estreou no 9º East End Film Festival e Anthony Rossomando compôs a trilha sonora.

Em outubro do mesmo ano, o lançamento do primeiro álbum solo de Barât coincidiu com o lançamento de sua autobiografia Threepenny Memoir: The Lives of a Libertine.